
Quer começar uma revolução? Boa notícia!
A Christina Aguilera já armou um exército de clones guerreiros em “Army Of
Me”, uma das várias canções sobre amor-próprio do quinto álbum de
estúdio da cantora, Lotus. “There’s a thousand faces of me,” ela canta.
”And we’re gonna rise up…/For every time you wronged me/Well, you’re
gonna face an army, army of me.” (“Eu tenho várias faces, e todas elas
se erguerão. Por cada vez que tu me trataste mal, enfrentarás um
exército, o exército que eu sou”). Isso suscita a dúvida: Erquer-se
contra quem? Será que o mundo está mesmo contra ela, ou essa é só uma
desculpa para usar calças camouflage?
Se achares que Aguilera está no
modo-auto-defesa, não nos surpreendemos. Desde que ela lançou um
fracasso em 2010, Bionic, ela divorciou-se, esquivou-se dos tomates
jogados contra a performance dela no filme Burlesque e tentou voltar
como mentora do The Voice, da NBC. Mas as mensagens contraditórias que
ela passa são engraçadas sem que ela queira. Depois dela convidar o
país para “baixar o volume do ódio” em Make The World Move, um dueto
eletro-soul com CeeLo Green, ela passa pela asanhada faixa “Circles”
dizendo para os inimigos dela “andarem em círculos em volta do meu dedo
do meio” (‘spin around in circles on my middle, middle finger.’) E é
difícil acreditar no balançar das bandeiras de paz cantadas em “Let
There Be Love” quando uma das faixas bónus, chamadas Shut Up, convida os
haters a “chuparem o meu p*” (”suck my d—”).
Apoiado em megaprodutores como
Max Martin, Shellback e Lucas Secon, e com a exposição dada por The
Voice, Lotus deveria ser o retorno de Aguilera ao pop mainstream.
Ocasionalmente, ela ainda canta um refrão como uma rapariga russa que levanta pesos (veja “Sing For Me”). É uma pena, entretanto, que a maior parte
das músicas abrandam digitalmente a voz dela, sugando toda a emoção até
que ela soe simplesmente amargurada. Não sabemos com quem ela
está zangada, mas de alguma forma, Lotus faz-te torcer por essa pessoa.
Sem comentários:
Enviar um comentário